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Eu começo pensando no título, queria fugir dos títulos clássicos "Antologia de contos" ou "Coletânea de contos" ... Fui para a internet e pesquisei "Títulos de contos" Apareceu alguns rankings de contos. Entrei em um deles que tinha o conto "Anjo noturno" de Sérgio Sant'Anna. Parei nele e pensei que poderia haver algo ali. Então me lembrei de uma prática que me agrada muito, que é escrever (manuscrever com caneta tinteiro) no crepúsculo, até chegar a noite, somente com as luzes do dia, que finda. Tateei um pouco para a escolha do título, mas cheguei em "Contos do fim da tarde". Com isso inaugurei a estruturação deste livro, com a criação do arquivo digital.
Produzi quase todo este material, nos últimos 3 anos. Quando decidi escrever um livro de contos, fiz uma seleção dos contos já concluídos, mandei para revisão de português, e fui juntando no arquivo do livro, os roteiros de contos, nos mais variados estágios. Fui escrevendo os contos que selecionava, até o momento que resolvi parar no último conto que escrevi. "A sobrinha do pastor".
Em uma rápida passada pelos contos temos: Anita e o jardineiro que passa um sentimento forte, descontrolado, uma libido no ar de uma mulher com um jovem adolescente. O alazão arrependido traz um cenário rural para um drama entre um cavalo que salva um menino. De manhã amanhã tem a centralidade do trabalho e a dimensão espacial do não trabalho, a cozinha. Uma história intimista de um dia de um dia de trabalho. A volta do quarteirão retrata um momento de chapação, um homem buscando romper com o estresse, e se permitindo buscar a alegria da vida. A sobrinha do pastor trata de um conflito familiar, e a coragem de romper com o que te faz mal, abrindo seus horizontes.
A janela toca nos misteriosos caminhos que o destino nos apresenta, resta seguir os sinais. A ilha das couves é uma aventura submarina, que rendeu fartura na pesca, socializada com uma comunidade caiçara. A atitude de distribuir parte da pesca com os caiçaras, rendeu frutos. A avalanche é um drama da existência humana. Para sobreviver aparece o amor, a ternura e o apego. Os ventos de mudança traz a natureza como o ninho de uma transformação da vida de um homem, e a redenção pelo amor. A fila da esperança busca trazer o começo da pandemia, no dia a dia de 4 pessoas, com seus dramas, contradições e privações, em um contexto de clausura, o que interfere nos hábitos das pessoas. A coragem de amar passa em um rico cenário de um bar/biblioteca, onde uma rápida estória trata de uma relação que se desfaz.