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A FRUTA O RECHEIO AS CORES PARA SE VER SIM.
Poesia e filosofia rimam, conversam e convergem neste Meu singular é plural, novo livro de Teca Masca-renhas, catarinense que já publicou Tempo de mi- gra-ção, em 2014. E a nova coletânea de poemas é revela-dora desde seu título, que nos promete uma experi- ên-cia de leitura provocada/sustentada por desdobramen- tos em cadeia, da unidade na diversidade, do subjetivo no coletivo ? um diálogo entre o único e o todo. Teca cum- pre (porque eu falei em ?promessa?), poema a po-ema, um singular processo em que as combinações de palavras se potencializam e seus sentidos se embre-nham, se multi- plicam, ora no contingente do insight filosófico, como no poema
SE QUERES COMPOR COMO MÚSICA
a vida
? cautela!
a partitura oscila como folha ao vento e o vento pode ser inclemente
como uma quimera
e ora promovendo o jogo entre som/sentido, como em
(...) aumento o som ambiente piso no acelerador
fujo desse mundo
e da responsabilidade
Até quando o autoengano me desumana?
A experiência de leitura deste Meu singular é jogo vertiginoso, nunca ingênuo, mas sempre delicado, amoroso e espontâneo. São dramas, alegrias, surpresas, encantamentos do existir que desfilam como resultado máximo da busca, do afã de se mergulhar intensamente na percepção do raro, seja no cotidiano, seja nos momentos de reflexão mais íntima
(...) com os fios de aço do luar que não veio
entrelace os sonhos (dispersos)
e borde a alegria
enquanto reinventa a vida
Emoções sorrateiras, as fragilidades do ser, a condição da mulher, a passagem do tempo, a amizade, o amor e os amálgamas (comuns e incomuns) repousando nos silêncios essenciais.
E num segundo momento do livro a surpresa dos poe- mas curtos, instantâneos, flashes sobre a vida dizem do mis- tério, do enigma, da precisão:
que tempo é esse
entre a chegada e a partida não será o que chamam vida?