Ícone Menu

Onde Se Amarra A Terra Vermelh

LV440194

Por: R$ 30,00

Preço a vista: R$ 30,00

Formas de pagamento:
Opções de Parcelamento:
  • à vista R$ 30,00
Outras formas de pagamento
Comprar
Comprar

Frete e prazo

Devolução em até 7 dias
Entrega rápida e garantida

Receba o produto que está esperando ou devolvemos o dinheiro.

ENVELHECER É DESISTIR DE SONHAR Vencedor do primeiro Prêmio SESC de Literatura (2004) com o romance Santo Reis da Luz Divina, o paranaense Marco Cremasco nos presenteia com mais um bom livro: a coletânea de crônicas Onde se amarra a terra vermelha, recentemente publicado pela Nave Editora. O autor trabalha de uma maneira poética, em boa parte do livro, a questão da memória. De um ritmo predominantemente oral, com uma cadência que só tem o texto de um grande poeta da prosa, o livro é dividido em quatro partes: "memória dispersa", "pequenos tratados de cenas alheias", "ampulheta sem areia" e "descoberta pelas palavras". Os textos são construídos em um único bloco, sem adentramento de parágrafo, tendo todos mais ou menos o mesmo tamanho, o que dá uma harmonia ao livro. Em alguns momentos, sobretudo na segunda parte, tem-se a impressão de que as crônicas de Cremasco se aproximam fortemente do conto, em um sair constante da primeira para a terceira pessoa. No resgate do passado por meio da memória, a Guaraci de Cremasco se assemelha a uma Itabira drummondiana, é só um retrato na parede que não é apenas um retrato na parede. E se há dor ("e como dói") é causada pelo apetite voraz e incessante de um Cronos imperdoável que descolore a foto, embaça a memória mas não a lembrança. Pois, como diz o autor, ?não há castigo maior que o esquecimento?. O mundo da criança de Guaraci é um universo em si. Tal qual ?meu quintal é maior que o mundo? de Manoel de Barros. A fazenda da vizinha e a biblioteca de cinquenta exemplares eram, sem sombra de dúvidas, maiores que o mundo na sua integralidade. Todo um universo de possibilidades que se descortina aos olhos de uma criança que aprende, por si só, tateando as coisas ao redor. Se a rua da nossa casa de infância é mais antiga que todas as vias do mundo, o atolar dos carros da lama da terra vermelha é a associação que Cremasco faz com o atolar da neve fortemente despejada no dia anterior, em sua passagem pelo hemisfério norte. A estrada entre Jaguapitã e Guaraci é, com absoluta certeza, mais velha e importante que quaisquer vias de West Lafayette e seus arredores. Minha identificação, aliás, com a coloração foi imediata, essa terra vermelha citada em inúmeros momentos do livro é a terra em que piso, embora havendo uma camada de concreto ou asfalto a nos separar, todos os dias. Assim como constitui e forma aqueles personagens, também formou antepassados, formou a mim e dá molde a novas gerações. A terra vermelha para nós, caro Cremasco, é essa marca indelével da nossa presença no mundo.

CARACTERÍSTICAS

FormatoBROCHURA
Número de Páginas120
SubtítuloONDE SE AMARRA A TERRA VERMELH
EditoraAUTORES
AutorMARCO AURELIO CREMASCO
Ano da Edição2018
EAN139788560716265
Edição1
IdiomaPORTUGUES
FabricanteAUTORES
ISBN8560716262
Páginas120

Avaliações do Produto

Dúvidas dos Consumidores