Ícone Menu

As Formas Do Êxtase

LV495811

Por: R$ 65,00ou X de

Formas de pagamento:
Opções de Parcelamento:
  • à vista R$ 65,00
  • 2X de R$ 32,50 sem juros
  • 3X de R$ 21,66 sem juros
Outras formas de pagamento
Comprar
Comprar

Frete e prazo

Devolução em até 7 dias
Entrega rápida e garantida

Receba o produto que está esperando ou devolvemos o dinheiro.

Sarcástico, mordaz, ferino, instigante... Os adjetivos não dão conta do argentino Néstor Perlongher, que nunca imaginou passar à posteridade como um dos maiores poetas em língua espanhola da segunda metade do XX. Sua poesia neobarroca é estudada em todo o continente hispano-americano. Conheci-o em 1980, num pequeno apartamento de Palermo, quando militava na Frente Homossexual Argentina, ainda em plena ditadura militar. Tinha o maior orgulho em afirmar que nascera no bairro proletário de Avellaneda, subúrbio de Buenos Aires. Chegou ao Brasil em 1980, fugindo da asfixia do final da ditadura argentina e vislumbrando a possibilidade de trilhar novos caminhos, tanto literários como políticos. Ele não foi um imigrante, mas um estrangeiro nos Trópicos. Foi assim que, logo ingressou na pós-graduação em Antropologia da Unicamp, onde fez o mestrado e se tornou professor. Seu pensamento, inspirado em Foucault, Deleuze e Guattari, o despertou para o mundo da errância gay. Itinerâncias urbanas noturnas, que culminaram com a publicação de O negócio do michê, assim como o mundo das saunas, são partes dessa militância. Chegou a participar brevemente do grupo Somos em São Paulo, de identidade homossexual, a bíblia mensal era a revista Lampião da Esquina, dirigida por Aguinaldo Silva, vendida em bancas, até que uma delas foi incendiada. Do ponto de vista literário, encontrou em São Paulo o locus amenus para continuar desenvolvendo o neobarroco, sendo Haroldo de Campos um de seus grandes interlocutores, que lhe dedicou um belo poema póstumo, "Réquiem", aqui reproduzido. Do barroco ao neobarroso, de nítida inspiração lezamiana, trilhou um caminho que culminou com Caribe transplatino: poesia neobarroca cubana e rioplatense, rica antologia bilíngue, traduzida por Josely Vianna Baptista, dedicada a Haroldo e publicada por esta editora em 1991, ou seja, um ano antes de seu falecimento. Percebemos que suas fontes inspiradoras foram o barroco espanhol: Góngora, Quevedo, Santa Teresa e Sor Juana Inés de la Cruz. Do Caribe, as vozes de Lezama Lima, Severo Sarduy e José Kozer, de quem foi interlocutor. São eles os "precursores" de uma poética, no sentido dado por Borges em "Kafka e seus precursores", em que o presente literário modifica de forma retroativa a tradição. Uma verdadeira constelação, que ao ser reconfigurada por Perlongher cria uma nova tradição poética. O barro é sem dúvida uma alusão lamacenta às águas turvas do Rio da Prata.Em Buenos Aires publicou apenas um livro de poemas, Austria-Hungría. Em São Paulo, produziu mais cinco: Alambres, Hule, Parque Lezama, Águas aéreas e Chorreo de las iluminaciones, que terminariam por consagrá-lo.

CARACTERÍSTICAS

FormatoBROCHURA
Número de Páginas102
SubtítuloAs formas do êxtase
EditoraILUMINURAS
AutorNESTOR PERLONGHER
Ano da Edição2022
EAN139786555191769
Edição1
IdiomaPORTUGUES
FabricanteILUMINURAS
ISBN6555191767
Páginas102

Avaliações do Produto

Dúvidas dos Consumidores