Pedagogia da tolerância é uma reunião de textos de Paulo Freire, organizada e anotada por Ana Maria Araújo Freire. Inclui análises e reflexões do Patrono da Educação Brasileira sobre diferentes temas: os ?nacionais?, como ele nomeava os indígenas brasileiros, a africanidade, que inclui uma conferência sobre Amílcar Cabral, a ação cultural e cidadania, o ensino/aprendizagem, alguns discursos pronunciados, cartas cheias de sabedoria e humor, além de testemunhos e depoimentos de sua vida. O prefácio é da educadora Lisete R. G. Arelaro, que foi braço direito de Paulo Freire na Secretaria de Educação da cidade de São Paulo. Em 1963, em Angicos, interior do Rio Grande do Norte, 300 trabalhadores rurais foram alfabetizados em apenas 40 horas, pelo método proposto por Paulo Freire. Esse foi o resultado do projeto-piloto do que seria o Programa Nacional de Alfabetização do governo de João Goulart, presidente que viria a ser deposto em março de 1964. Em outubro desse mesmo ano, Freire deixou o Brasil para proteger a própria vida. Apenas voltou a visitar o país em 1979, com a abertura democrática Ao longo de sua história, Paulo Freire recebeu mais de cem títulos de doutor honoris causa, de diversas universidades nacionais e estrangeiras, além de inúmeros prêmios, como Educação para a Paz, da Unesco, e Ordem do Mérito Cultural, do governo brasileiro. Integra o International Adult and Continuing Education Hall of Fame e o Reading Hall of Fame. ?Como educador eu não posso pensar que tenho nas mãos a salvação das classes populares ? de maneira alguma. Eu sonho com nos salvarmos juntos, mas ao mesmo tempo estou convencido de que não há salvação possível antes da libertação. Primeiro temos de nos libertar e, enquanto estivermos nos libertando, ver o que podemos salvar. A libertação não pode ser doada, presenteada em uma festa de aniversário. A libertação é algo que nós criamos, fazemos, em comunhão.?
"""O volume inédito da monumental história da sexualidade. Ao longo dos anos 1970, Michel Foucault dedicou seu trabalho no Collège de Franceà análise do lugar da sexualidade na sociedade ocidental, o que deu origem à História da sexualidade, em quatro volumes. Sua reflexão encontrou no sexo e na sexualidade a causa de todos os acontecimentos da vida social. O filósofo empreendeu uma pesquisa histórica, estabelecendo uma antropologia e uma análise do discurso acerca desse tema tão fundamental para a condição humana. O quarto volume da História da sexualidade, As confissões da carne, inédito, analisa a experiência cristã do sexo, nos séculos II a V. É importante por explicitar as relações entre os primeiros séculos do cristianismo, a Antiguidade e a Modernidade quanto ao modo de pensar o sexo. Mas também por evidenciar como a História da sexualidade, que começou privilegiando os mecanismos de sujeição, se converteu num estudo histórico-filosófico dos modos de subjetivação. ?Este livro é importante por explicitar as relações entre os primeiros séculos do cristianismo, a Antiguidade e a Modernidade quanto ao modo de pensar o sexo.? ? Roberto Machado, filósofo e organizador da Coleção Biblioteca de Filosofia ?Foucault diagnostica nosso presente.? ? Alexis Lacroix, L?Express ?Se a publicação de um inédito de Michel Foucault [?] seria sempre um grande acontecimento editorial, este lançamento é [?] também pela tensão provocada pelo facto de ser público que o autor, pouco antes de morrer, em 1984 [?], deixou uma carta a dizer expressamente que não queria edições póstumas.? ? Público ?Quarto volume do clássico da filosofia História da sexualidade [?], o livro inconcluso é uma investigação sobre a sexualidade durante os primórdios do sistema de valores do cristianismo.? ? O Globo """
Se você tem interesse em saber o que Aristóteles pensava acerca da felicidade, o que Epicuro considerava uma vida simples, quais eram as lições de liderança de Maquiavel, Deus na visão de Pascal e o significado da vida para Heidegger, mas não tem tempo para ler as obras desses grandes nomes da filosofia, ou não sabe por onde começar, este livro é para você.Pensando em como tornar o conhecimento mais acessível a um maior número de pessoas, o mestre em Economia Política Internacional Tom Butler-Bowdon mergulhou nos principais textos filosóficos desde a Antiguidade até a era moderna e apresenta aqui a essência de 50 obras selecionadas.De Platão e Aristóteles a Peter Singer e Nassim Taleb, passando por Descartes e Simone de Beauvoir, Butler-Bowdon mostra como a filosofia pode ser uma ferramenta poderosa para abrir nossa mente e nos ajudar a pensar. Se você é fascinado ou se sente um pouco assustado com as grandes questões sobre pensar, ser, agir e ver, esta é a introdução perfeita para o que algumas das maiores mentes da humanidade falaram sobre esses temas. E como a filosofia é feita por pessoas, além de oferecer insights sobre as obras, o autor fala um pouco sobre quem as concebeu, fornecendo assim o contexto em que essas obras foram escritas.Voltado para o público que está começando a se aventurar no mundo da filosofia, o autor oferece um glossário ao fim do livro com os principais termos da área. A ideia de Butler-Bowdon é que este 50 clássicos da filosofia seja uma ponte entre a disciplina filosofia e a filosofia de vida, despertando o leitor para a forma como os temas tratados por esses grandes nomes moldam nossa visão de mundo e orientam nossas decisões.
Quatro filósofos e os rumos da filosofia no século XX são apresentados e discutidos neste passeio fascinante pela história do pensamento ocidental. Walter Benjamin, Martin Heidegger, Ernst Cassirer e Ludwig Wittgenstein deram cara e pensamento a um dos períodos mais explosivos e influentes da filosofia. Os quatro autores lideraram uma verdadeira revolução na forma e no estilo de refletir sobre as questões decisivas da vida. Com esta obra cheia de detalhes que pode ser lida como um verdadeiro romance, Wolfram Eilenberger concebeu o livro de filosofia de maior sucesso das últimas décadas.
O que justifica que consideremos uma pintura nostálgica, um poema comovente ou uma música melancólica? Na filosofia recente, predominou a resposta fornecida pelos idealistas, que fundamentam tais afirmações na mera subjetividade. Já os empiristas, que insistem em que conhecemos as coisas experimentando-as objetivamente, em geral não puderam tratar os juízos estéticos como algo mais do que uma questão de gosto. De acordo com Scruton, o empirismo é apto a proporcionar uma filosofia da arte mais robusta, desde que encare o problema lógico-linguístico da atribuição de significado a sentenças e o problema da compreensão humana de sentenças e de objetos, um tema próprio à filosofia da mente. Sua tese é que as obras de arte devem ser vistas como aquilo que são capazes de significar ? ou seja: a experiência artística exige, antes de tudo, uma imaginação adequada.
Temos mesmo livre-arbítrio? Como sabemos a diferença entre certo e errado? Se Deus existe, por que permite o sofrimento? O que é o tempo? Existe vida depois da morte? Perguntas como essas têm ocupado e perturbado as mentes mais brilhantes do mundo ao longo da história da civilização humana, provocando sempre muita discussão e debate. Neste livro curioso e visceral, Alain Stephen explora algumas dessas questões básicas. Ele explica todos os principais conceitos da filosofia, desde a Grécia Antiga até os grandes intelectuais da França do século XX. Com uma linguagem clara e livre de jargões, este livro propicia momentos de deleite e reflexão tanto para o pensador erudito quanto para qualquer pessoa que se interesse em filosofar sobre os grandes enigmas da vida.
"O livro da filosofia traz uma coleção de ideias fundamentais para um mergulho no pensamento filosófico. Engana-se quem pensa que por se tratar de uma compilação a abordagem é simplista e somente voltada a leigos: o livro é completo, instigante e oferece a leitores com diferentes perfis informação de qualidade em apresentação gráfica inovadora. Um verdadeiro convite ao exercício do pensar ? o verdadeiro objetivo da filosofia.
Organizado de maneira sincrônica, o que permite cobrir da Antiguidade ao momento contemporâneo, o livro é composto por capítulos organizados em torno de máximas dos grandes expoentes da filosofia. A partir dessas máximas, o pensamento é destrinchado e posto em diálogo com as discussões do momento histórico em questão e com outras épocas e perspectivas. Assim, em único livro, visões e teorias conflitantes são postas lado a lado, mostrando que a prática da filosofia não se faz de pensamentos estáticos, mas de uma atividade cotidiana na qual se questiona o viver e suas contradições, expectativas e temores. O leitor terá a chance de perceber que a filosofia é, sim, um modo de pensar e estar no mundo, priorizando as principais características humanas: curiosidade, raciocínio e discernimento. Roland Barthes, um dos filósofos abordados, lembrou que "saber" e "sabor" partem de uma mesma etimologia e, portanto, caminham juntos. Se a busca pelo conhecimento deve trazer entusiasmo e alegria, O livro da filosofia nos oferece em abundância essas recompensas."
"Ao examinar a emergência da modernidade no âmbito dos
debates filosóficos e políticos do século XVI, neste livro Voegelin
retoma a análise da ""grande confusão"" apresentada no volume
IV da mesma coleção. Trata-se de um período controverso e
revolucionário, que abrange uma gama de acontecimentos
desencadeados pelas Noventa e Cinco Teses de Lutero. Apesar
da complexidade da época, a análise luminosa de Voegelin
esclarece sua importância e sugere linhas de mudanças que
convergem num ponto no futuro: a compreensão cristã
medieval, de um cosmos fechado, criado divinamente, estava
sendo substituída por uma nova forma de consciência humana
moderna, que pressupunha o homem como a origem inerente
do sentido do universo."
"Do espírito das leis" analisa - à luz da razão, sem preconceitos e superstições, conforme o figurino iluminista - os fatos humanos do ponto de vista político, social e histórico. Segundo Raymond Aron, Montesquieu, mais que um precursor, é um dos doutrinadores da sociologia. Esta nova edição traz o prefácio do professor e estudioso José Augusto Guilhon, o que soma qualidade neste texto essencial para os estudos das ciências humanas.
Este livro procura contribuir para o estudo da história das ciências e das ideias, reintegrando as revoluções sócio-tecnológicas e políticas do mundo contemporâneo, não só no seu processo estrutural específico como no contextual. Sumário - Prefácio; Introdução - Um Papel para a História; A Rota para a Ciência Normal; A Natureza da Ciência Normal; A Ciência Normal como Resolução de Quebra-Cabeças; A Prioridade dos Paradigmas; A Analogia e a Emergência das Descobertas Científicas; As Crises e a Emergência das Teorias Científicas; A Resposta à Crise; A Natureza e a Necessidade das Revoluções Científicas; As Revoluções como Mudanças de Concepção de Mundo; A Invisibilidade das Revoluções; A Resolução das Revoluções; O Progresso através de Revoluções; Posfácio - 1969; Os paradigmas e a estrutura da comunidade; Os paradigmas como a constelação dos compromissos de grupo; Os paradigmas como exemplos compartilhados; Conhecimento tácito e intuição; Exemplares, incomensurabilidade e revoluções; Revoluções e relativismo; A natureza da ciência.
Nesta obra, cujo tema é, sobretudo, a precariedade cultural e espiritual do seu tempo, Nietzsche afirma a necessidade de que, no eterno retorno da vida e da história humana, os homens se ergam, aceitando a própria finitude, ultrapassando a própria condição e vivendo soberanamente no gozo e na dor da própria verdade. Contra os fracos, os humildes, os dignos de dó, ele afirma o ideal dos super-homens, dos quais dependeria o futuro da humanidade.