"""Em Conhecimento, ignorância, mistério, Edgar Morin, um dos maiores pensadores de nosso tempo, explora as grandes perguntas e fornece respostas para nos guiar até o século XXI. ?Quem aumenta seu conhecimento aumenta sua ignorância?, disse Friedrich Schlegel. ?Vivo cada vez mais com a consciência e o sentimento da presença do desconhecido no conhecido, do enigma no banal, do mistério em todas as coisas e, em particular, dos avanços do mistério em todos os avanços do conhecimento.?, diz Edgar Morin. Munido de sua longa experiência como pesquisador e leitor do ser humano, Morin fala sobre a necessidade de transcender as disciplinas cuja segmentação limita a compreensão dos fenômenos vivos e explora, neste livro, os novos territórios do conhecimento, onde uma trindade inseparável é revelada: conhecimento, ignorância, mistério. Aos seus olhos, o mistério de forma alguma desvaloriza o conhecimento que leva a ele. Isso nos torna conscientes dos poderes ocultos que nos controlam e nos possuem, como demônios dentro e fora de nós. Mas, acima de tudo, estimula e fortalece o sentido poético da existência. Sua tese é reforçada com a inclusão de aspas extraídas de obras de diversos autores e pensadores tanto clássicos quanto contemporâneos, como Pascal, Victor Hugo, Schopenhauer, Dostoiévski, Heráclito, Cassé, Halévy e muitos outros. Conhecimento, ignorância, mistério é um ensaio profundo sobre os limites do conhecimento, do ser humano, e uma reflexão acerca do mistério que a humanidade carrega dentro de si."""
O jornalista e professor Clóvis de Barros Filho se dedica ao tema dos desejos humanos, dialogando com autores, pensadores e músicos do passado e contemporâneos. Havendo vida, haverá algum tipo de desejo. É com essa certeza que Clóvis de Barros Filho leva o leitor a uma profunda viagem de reflexão sobre os anseios humanos.Em seu novo livro o professor se debruça sobre esse tema que move muitos pensadores, de filósofos como Nietzsche até a poeta Hilda Hilst, passando pela música, pelo cinema e por grande parte dos romances do mundo. Em Desejo, o professor Clóvis vai dialogar com a obra de autores, compositores e cineastas para discutir profundamente o desejar e a negação do desejo. Com seu estilo único, o autor percorre a via dos instintos para tentar arranhar a superfície daquilo que conhecemos como a força motriz dos atos humanos.
Esta obra foi publicada pela primeira vez em 1788 e integra a trilogia das conhecidas Críticas da Razão Pura e Crítica do Juízo. A moral, a ética, a fé e a imortalidade da alma, o bem e o mal, a felicidade e a finitude, tudo contraposto aos elementos do pensar e do agir, são as premissas usadas pelo filósofo para provar que só o conhecimento liberta e dá oportunidade ao aparecimento da razão prática do viver e do mundo. A conduta do homem pode ser guiada pela razão? Seria ela capaz de atuar na vontade humana? Qual é a praticidade do uso da razão para os seres humanos? As respostas para essas perguntas estão nas reflexões desta que é uma das principais obras de Kant. Para o filósofo, a razão tem uso propriamente moral, mas também se baseia na experiência que impulsiona a busca pela felicidade, bem como na moral que se encontra na base das exigências do homem bom. Na contraposição entre espírito e matéria, intelecto e instinto, a razão se apresenta como o ponto de ligação que dá equilíbrio à existência.
Embora sempre tenha havido mentirosos, as mentiras geralmente têm sido contadas com hesitação, uma pitada de ansiedade, um bocado de culpa, um pouco de vergonha, e, pelo menos, alguma timidez. Agora, pessoas inteligentes que somos, apresentamos razões para manipular a verdade, de modo que possamos dissimular sem culpa. Ralph Keyes chama isso de pós-verdade. Vivemos em uma era da pós-verdade. Nós levamos a sociedade pela qual pagamos. Neste caso, isso significa uma sociedade pós-verdadeira. Mesmo que mais mentiras estejam sendo ditas do que nunca, para o autor não há maior propensão humana a contar mentiras. O que ele acredita é que uma disposição antiga para enganar os outros está sendo facilitada de novas maneiras.
Suprimir os partidos políticos. Todos, sem exceção. Enquanto organizações hierárquicas e rígidas, eles são por definição autoritários e repressivos, mostrando na maior parte dos casos um desrespeito absoluto pela res publica, e um talento indescritível em roubar dinheiro público. Simone Weil, uma reformista revolucionária, uma das mentes mais brilhantes de sua geração, pouco antes de desaparecer prematuramente em 1943 nos deixou esta «modesta proposta».
A crítica que Nietzsche faz ao idealismo metafísico focaliza as categorias do idealismo e os valores morais que o condicionam, propondo uma nova abordagem: a genealogia dos valores. O filósofo questiona em sua obra os valores morais, que, para ele, originam-se da reação dos fracos, que colocam o bem como negação das ações dos poderosos. Friedrich Nietzsche considerava Além do Bem e do Mal a sua obra mais importante.
Friedrich Nietzsche, um dos mais argutos críticos da religião, da moral e da tradição filosófica ocidental, influencia teólogos, filósofos e educadores até os dias de hoje. Ecce Homo (1888) é uma verdadeira autobiografia filosófica, em que revela uma intensa consciência da missão na luta contra a mentira de milênios e a decadência da cultura Ocidental.
"O livro é de primeira linha. Taylor é um dos melhores filósofos no continente e um dos seus mais atentos políticos. De fato, eu o colocaria entre os doze mais importantes filósofos que escrevem atualmente, em qualquer parte do mundo. Este livro o torna acessível a um público mais amplo. A escrita de Taylor combina aqui, como fez no passado, clareza, vigor e perspicácia, e é legível para qualquer pessoa instruída. Sua tentativa de mediar os incentivadores e críticos é revigorante, original, bastante persuasiva e, na minha opinião, absolutamente bem-sucedida." Richard Rorty Universidade da Virgínia
Apesar de a maioria das Constituições contemporâneas incorporarem a dignidade da pessoa humana como princípio em seus textos, a expressão parece não demandar maiores explicações a respeito de seu significado. Seu emprego indica a necessidade incondicional de proteção da dignidade, por mais que o sentido da expressão seja ambíguo, vago e indeterminado. Muitas vezes, é também utilizado como arma retórica para legitimar os mais diferentes posicionamentos. No Brasil, a maioria dos argumentos jurídicos que utilizam a "dignidade da pessoa humana" como elemento central de decisões e teses jurídicas, costuma fazer referência à obra do filósofo alemão Immanuel Kant. Diante desse pano de fundo, o autor faz estudo detalhado de textos do filósofo para buscar respostas à definição e à justificação do conceito, indicando que o estudo da filosofia pode amparar um uso menos arbitrário do direito.
'Não nascemos prontos!', de Mario Sergio Cortella, apresenta crônicas que discutem temas diversos à luz da filosofia. A grande qualidade do livro é a união entre a filosofia e o cotidiano. O autor faz esta relação nos ensaios que tratam de temas como acomodação, flexibilidade para as mudanças, a pressa característica do mundo atual, aceleração do cotidiano, falta de esperança das novas gerações e o sentido da amizade. Esta obra leva o leitor a refletir sobre temas como responsabilidade ética e social, gestão corporativa para empresas, gestão do conhecimento, do ser humano e do ócio recreativo.
Ao tratar das relações entre religião e ciência diante da questão do "fim de tudo", Marcelo Gleiser homenageia a imaginação e a criatividade do homem. Seu enfoque é multidisciplinar, mostrando de que maneira ideias sobre o "fim" inspiram não só as religiões e a pesquisa científica, mas também a literatura, a arte e o cinema. Ao lado da pesquisa e do ensino, a divulgação científica é uma frente de trabalho a que Gleiser se dedica apaixonadamente. O fim da Terra e do Céu resulta dessa tarefa, que, para ele, constitui um necessário exercício decidadania.