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O livro de poemas "Decanto Vento Pedra Cinza", de Luiz Eduardo Ribeiro Freyesleben e Walnélia Corrêa é, como descreve Luciana Tiscoski na apresentação, um "convite à viagem e também regresso à terra natal, infância e idade madura, inspiração, respiração, intuição, súplica ao vazio, diálogo com a ausência, oração, litania, liturgia e permanência".
Estreia de Luiz Eduardo Ribeiro Freyesleben na poesia e segunda publicação de poemas de Walnélia Corrêa, o livro é o encontro de duas linguagens distintas, mas que compõem um diálogo entre crepúsculos - o da noite, das cidades, dos insetos, em Vento Pedra Cinza, capítulo assinado por Freyesleben, e o do dia, do silêncio, das manhãs, em Decanto, que traz os poemas de Walnélia. "É possível deixar-se conduzir no tempo, atravessando quase despercebidamente de um crepúsculo a outro, anoitecendo em cidades e quartos; amanhecendo em poesia diáfana, luminosa".
Na capa, o desenho da série "Itaparica - Metamorfoses e Heterogonias", de Walmor Corrêa, dialoga com esse encontro que parece ter sido de opostos, mas só parece, pois se funde de forma harmoniosa no tempo da leitura e das sensações.
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