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Sob a violência do sol e do doce canto das sereias do balneário, o poeta Vagner Xavier desmantela a inquietude dos seus trinta e poucos anos. Com munição para flertar com a ferocidade do realismo, o autor tece, sem pudor, seus pensamentos mais íntimos, em algum lugar da memória, entre o passado, presente e um inebriado futuro. É no cenário litorâneo que observamos de perto o transbordar de sinceridade nos conflitos humanos: afeto, desapego, reverência, e doses homeopáticas de desamores que fazem recuperar a lucidez da existência. O sorriso da morte. Renascem as esperanças. Tal qual a sensação de molhar as pontas dos dedos nas águas salgadas na vasta imensidão. O quão profundo é o oceano? Permita-se afogar no balanço das ondas de nicotina e na ira elétrica dos acordes. Calmaria. Afinal, Somos Intermináveis Como o Mar.
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