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Após décadas fora de catálogo, a saga em torno da diva Melinha Marchiotti retorna agora em nova edição. Lançado pela primeira vez nos anos 1980, este livro dá mostras definitivas de que João Silvério Trevisan é um de nossos prosadores mais ousados e inventivos.
Escrito com extraordinária liberdade criativa, Vagas notícias de Melinha Marchiotti representa um terremoto de inventividade e transgressão, tanto linguística e estilística, quanto estrutural e temática. Ousado, polêmico e esfuziante, este romance mistura ficção romanesca, poemas, diários reais, cartas apócrifas, fragmentos narrativos, memórias cinematográficas, boatos obscenos, entre outros gêneros e subversões textuais possíveis. É uma deliciosa ficção que instiga e confunde as barreiras entre vida real e literatura ficcional, lucidez e desregramento.
Publicado originalmente em 1984, período da redemocratização, do auge da epidemia do HIV e de intensa perseguição às sexualidades e aos gêneros dissidentes, Vagas notícias de Melinha Marchiotti é, sem dúvida, uma narrativa anárquica que celebra a liberdade de ser e de criar, com direito ao escracho próprio de quem está bem vivo. Após décadas fora de catálogo, a saga em torno da diva Marchiotti retorna agora à cena acompanhada de um instigante ensaio de Fábio Figueiredo Camargo, doutor em literaturas de língua portuguesa e pesquisador de literatura homoerótica na Universidade Federal de Uberlândia, que insere este clássico brasileiro da sexualidade transgressiva na mesma linhagem do pensador transgênero Paul B. Preciado.
A literatura feita por João Silvério Trevisan fica, solitária, vários pontos acima da média nacional - Caio Fernando Abreu.
Se profeta é quem cutuca as feridas do presente, Trevisan vem exercendo essa função há tempos - O Globo.
Abrir este livro é abrir-se ao prazer da desobediência, abrir-se ao desejo, abrir-se a um dos grandes autores brasileiros, que precisa ser lido urgentemente - Fábio Figueiredo Camargo.