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PREVISÃO DE LANÇAMENTO: 18/08/2025. A paixão medida, um dos livros mais emblemáticos de Carlos Drummond de Andrade, está de volta. A nova edição conta com projeto gráfico moderno e posfácio inédito de Maria Fernanda Candido, uma ótima oportunidade para redescobrir a poesia única de um dos maiores nomes da literatura brasileira. Prestes a completar 80 anos quando A paixão medida foi lançado, em 1980, Carlos Drummond de Andrade chegava à nova década com vitalidade de estreante. O livro tem início com versos ontológicos, com Drummond seguindo implacável na sua investigação sobre a relação do ser com a imensidão do mundo. Como no poema 'A suposta existência': 'Existe, existe o mundo / apenas pelo olhar / que o cria e lhe confere / espacialidade?' Recorrente em sua produção, o poema de amor está representado no soneto 'Confronto', em que se dá o encontro entre o Amor e a Loucura, dois sentimentos tão distantes e tão próximos. O poeta olha para trás com graça em textos que revisitam o próprio passado e a História, declarando seu amor às suas 'duas riquezas: Minas / e o vocábulo', segundo o poema 'Patrimônio'. A finitude está no horizonte, vindo a galope no autobiográfico 'A morte a cavalo'. A verve fabuladora nunca abandonou o eu lírico drummondiano. Aqui há três pequenas obras-primas de sua poesia em prosa: 'A cruz e a árvore', 'O marginal Clorindo Gato' e 'A visita'. Ainda nesta coletânea, o poema 'O corvo', de Edgar Allan Poe, faz a ponte para o encontro, ocorrido em 1919, entre o jovem Mário de Andrade e o consagrado Alphonsus de Guimaraens, na cidade mineira de Mariana. Trata-se de uma colagem brilhante que põe em diálogo a obra de três grandes poetas. Drummond fecha o livro com outra homenagem, agora a Camões, em que diz: 'Luís de ouro vazando intensa luz / por sobre as ondas altas dos vocábulos'. 'Não é difícil notar algo na obra de Drummond que, apesar de se inscrever notavelmente em seu tempo, supera as marcas que a fariam envelhecer, como se o rio espesso dos anos levasse aquilo que perece e deixasse o que teima em não desaparecer: como as pedras, mas também as areias, que se rearranjam a todo momento.' - Maria Fernanda Candido, para o posfácio de A paixão medida.