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PREVISÃO DE LANÇAMENTO: 25/05/2025. Onipresente e invencível: assim é Chronos. Antes de tudo, porém, ele é aquele que não se pode apreender, o Inapreensível. Não obstante, os humanos nunca desistiram de tentar dominá-lo, recorrendo, da Antiguidade aos dias de hoje, a inúmeras estratégias para alcançar tal domínio - ou a crença nele. Tamanho desafio encontra sua expressão no famoso paradoxo de Agostinho: enquanto ninguém lhe pergunta o que é o tempo, ele sabe, assim que lhe fazem a pergunta, não sabe mais. Este livro é um ensaio sobre a ordem dos tempos e as épocas do tempo. Assim como Buffon reconheceu as 'Épocas' da Natureza, podem-se distinguir épocas do tempo. Iremos, assim, das maneiras gregas de apreender Chronos às graves incertezas contemporâneas, detendo-nos demoradamente no tempo dos cristãos, concebido e instaurado pela Igreja nascente: um presente contido entre a Encarnação e o Juízo final. Foi assim que teve início a marcha do tempo ocidental. Veremos como se difundiu e se impôs a dominação do tempo cristão, antes de refluir diante da ascensão do tempo moderno, promovido pelo progresso e avançando rapidamente na direção do futuro. Hoje, o futuro se obscureceu e surgiu um tempo inédito, que foi denominado o Antropoceno, nome de uma nova era geológica na qual a espécie humana se tornou a força principal: uma força geológica. Como ficam então as antigas maneiras de apreender Chronos? Que novas estratégias seria preciso formular para enfrentar esse futuro incomensurável e ameaçador, quando nos encontramos ainda mais ou menos contidos no tempo efêmero e constrangedor daquilo a que dei o nome de presentismo?