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Amartya Sen nunca se contentou com os limites convencionais da ciência econômica. Ele construiu
sua visão alternativa apoiado na convicção de que a promoção do bem-estar deve orientar-
-se por uma resposta adequada à pergunta ética por excelência: onde está o valor próprio da vida
humana? Na vida de qualquer pessoa, certas coisas são valiosas por si mesmas, como estar livre de
doenças evitáveis, escapar da morte prematura, ser capaz de agir como membro de uma comunidade,
ter oportunidade para desenvolver suas potencialidades.
Há muitos males sociais que privam as pessoas de viverem minimamente bem e eles compartilham,
diagnostica Sen, uma mesma natureza: são variedades de privação de liberdade. Desenvolvimento
como liberdade é uma síntese escrita com bastante clareza e para leitores não especialistas
das vantagens teóricas e práticas de uma ideia radical: o desenvolvimento é essencialmente um
processo de expansão das liberdades reais que as pessoas desfrutam.
Trata-se de um livro fundamental para entender, sob ângulos não convencionais, a situação
econômica e social de países pobres ou em desenvolvimento, como o Brasil, bastante presente nas
análises de Sen, que ilustra suas ideias com um grande número de surpreendentes e esclarecedores
dados comparativos entre os diversos países.