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Lindíssima biografia ilustrada sobre Frida Kahlo, que se tornou um verdadeiro ícone da cultura popular mundial. Sua vida é interessantíssima, tendo sido objeto de adaptações cinematográficas, peças teatrais e exposições. Hoje seu rosto, seus autorretratos e suas fotos extrapolaram o mundo para estampar camisetas, mochilas, almofadas, fantasias de carnaval etc.
A autora, conseguiu realizar uma obra como poucas: conta a trajetória da vida e da obra da artista em primeira pessoa, lançando mão também de trechos de diários, cartas e depoimentos de Frida. O texto, aliado às lindíssimas ilustrações da autora e à caligrafia que é usada para os trechos originalmente de Frida, dão o tom perfeito a este livro.
Não se trata de uma biografia convencional; María Hesse escolheu os principais momentos da vida e da obra de Frida para retratar. Aborda acontecimentos cruciais, mas às vezes menos conhecidos da sua vida, como o fato de que nascera com a deficiência física congênita da espinha bífida, os vários abortos que sofreu, sua frustração por não conseguir ter filhos, o caso que teve com Leon Trotski, os dias que passou presa suspeita pela morte deste, a amputação de uma de suas pernas e o episódio em que, já que os médicos haviam-na proibido de sair da cama para ir à inauguração de sua primeira mostra individual no México, ela compareceu com cama e tudo.
As ilustrações de María Hesse são belíssimas, verdadeiras obras de arte. Ela não apenas ilustrou a vida da artista como também refez algumas das pinturas mais famosas de Frida, ao seu estilo. As cores vivas exploradas nos vestidos da artista, a originalidade do traço que dá vida a essa figura com o cabelo trançado, preso e adornado por flores coloridas e a habilidade narrativa que faz a leitura fluir como um filme tornam este o livro perfeito para contar a história de Frida.
Por sua obra mas principalmente por sua biografia a superação dos problemas de saúde, o relacionamento não-convencional com seu grande amor, Diego Rivera, a escolha da pintura como meio de expressão e de realização diante das limitações da existência, sua bissexualidade e sua atitude vanguardista quanto aos costumes sociais, Frida Kahlo é hoje um ícone entre as jovens e os movimentos feministas. É homenageada pelo nome do coletivo feminista Não Me Kahlo e é geralmente identificada como uma mulher que encontrou a própria voz e a própria identidade.
María Hesse se identificou muito com Frida Kahlo; como artista plástica, claro, mas, conforme declarou em entrevista, por algumas das limitações físicas: María é disléxica e convive com as limitações da doença desde pequena o que mostra a diversidade de leituras e identificações que a vida de Frida propicia.