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Neste livro, o cotidiano é matéria-prima da poesia.
Thalita transforma pequenos gestos e cenas aparentemente banais em poesia carregada de afeto, saudade e memória. A linguagem é límpida, sem artifícios desnecessários, mas profundamente carregada de sentimento - como bilhetes esquecidos que guardam segredos de uma vida inteira. Sua escrita toca com suavidade, mas deixa marcas fundas.
Há uma constante tensão entre o movimento e o enraizamento. A poeta escreve com os pés firmes no presente, mas os olhos voltados para dentro - não por fuga, mas por escavação. Em vez de buscar respostas definitivas, Thalita celebra o instante que passa, o detalhe que quase escapa, a emoção que se revela mesmo na dor. É uma escrita que não grita, mas reverbera.
Sentir na Ponta dos Dedos o Céu é, sobretudo, uma celebração do sensível. Um livro para quem deseja desacelerar, respirar fundo e reconhecer a beleza que habita o simples ato de estar vivo.
(41) 3330-5191
