Sussurros conta os bastidores de um dos mais importantes momentos políticos dos tempos modernos. E entra no território inexplorado das vidas privadas durante aqueles anos terríveis. Sussurros revela as histórias ocultas de famílias soviéticas comuns que viveram sob a tirania de Stalin. Muitos livros descrevem os aspectos externos desse período - as prisões e os julgamentos, as escravizações e os assassinatos no Gulag -, mas este é o primeiro a explorar com profundidade sua influência na vida de quem sofreu as opressões stalinistas. Como o povo soviético conduzia sua vida privada durante o governo de Stalin? O que as pessoas realmente pensavam e sentiam? Que tipo de cotidiano era possível nos apartamentos comunais abarrotados, onde quartos eram divididos por uma família inteira - às vezes até por mais de uma - e as conversas podiam ser ouvidas no cômodo ao lado? O que significava a vida privada quando o Estado controlava quase todos os aspectos dela por meio da legislação, da vigilância e da ideologia? A esfera moral familiar é o principal território de Orlando Figes. O autor explora como esses núcleos reagiam às várias pressões do regime soviético. E não foram poucos os afetados pelo terror: estimativas mostram que cerca de 25 milhões de pessoas foram reprimidas pelo regime soviético entre 1928, quando Stalin assumiu a liderança do partido, e 1953, ano da morte do ditador e do fim de seu reino de horror. Sussurros é fundamentado em centenas de documentos (cartas, diários, documentos pessoais, memórias, fotografias e objetos) escondidos até recentemente por sobreviventes do terror de Stalin em gavetas e sob colchões em casas espalhadas pela Rússia. Em cada família, foram feitas longas entrevistas com os parentes mais velhos, capazes de explicar o contexto dos documentos e situá-los na história não contada. Esses materiais foram reunidos em um arquivo especial, que representa uma das maiores coleções de documentos sobre a vida privada no período de Stalin. Um vasto retrato panorâmico de uma sociedade em que todos falavam em sussurros - seja para proteger suas famílias e amigos, ou para informá-los -, Sussurros é um relato emocionante sobre vidas vividas em tempos impossíveis.
Um dos maiores fenômenos editoriais dos últimos tempos
O que possibilitou ao Homo sapiens subjugar as demais espécies? O que nos torna capazes das mais belas obras de arte, dos avanços científicos mais impensáveis e das mais horripilantes guerras?
Nossa capacidade imaginativa. Somos a única espécie que acredita em coisas que não existem na natureza, como Estados, dinheiro e direitos humanos.
Partindo dessa ideia, Yuval Noah Harari, doutor em história pela Universidade de Oxford, aborda em Sapiens a história da humanidade sob uma perspectiva inovadora. Explica que o capitalismo é a mais bem-sucedida religião; que o imperialismo é o sistema político mais lucrativo; que nós, humanos modernos, embora sejamos muito mais poderosos que nossos ancestrais, provavelmente não somos mais felizes.
Um relato eletrizante sobre a aventura de nossa extraordinária espécie ? de primatas insignificantes a senhores do mundo.
Da autora do best-seller As irmãs Romanov, o relato magistral da eclosão da Revolução Russa sob o olhar de estrangeiros que presenciaram esse momento marcante da história. Helen Rappaport reconstrói neste livro a revolução que abalou o mundo, mas sob uma perspectiva inteiramente nova: a dos estrangeiros que se encontravam em Petrogrado ? a atual São Petersburgo ? nos dias em que se fazia história nas ruas. Entre os visitantes internacionais que enchiam hotéis, bares e embaixadas, havia jornalistas, diplomatas, homens de negócios, banqueiros, governantas, enfermeiras voluntárias e socialistas expatriados. Cada um deles acompanhou, à sua maneira, os momentos turbulentos da primeira revolução, em fevereiro de 1917, até o golpe bolchevique de Lênin, em outubro do mesmo ano. Muitos mantiveram diários e escreveram cartas para casa: da enfermeira inglesa que sobrevivera ao naufrágio do Titanic ao criado do embaixador norte-americano e à líder do movimento sufragista Emmeline Pankhurst. Com base nos testemunhos daqueles que assistiram ao desenrolar do drama, Helen Rappaport nos conduz ao cerne da ação, num vislumbre de como foram os dias da revolução.
Tempos difíceis formam pessoas mais fortes? A humanidade consegue lidar com o poder das armas que fabrica sem destruir a si mesma? A tecnologia e a capacidade humanas terão picos de sucesso para depois entrar em decadência? Um ataque biológico global ou uma nova doença podem acabar com a vida na Terra? Alguns desses cenários parecem dignos de filmes de ficção científica, mas Dan Carlin sabe que, na realidade, o fim está sempre próximo. Com pontos de vista polêmicos e inusitados, o autor analisa épocas em que a humanidade quase foi varrida do planeta, apresentando uma forma de encarar os desafios do futuro ao trazer à tona um grande questionamento: podemos aprender com os erros dos nossos ancestrais ou estamos fadados a repeti-los e sofrermos da mesma sina ? ou até com algo pior? Com a essência de um trabalho filosófico, Dan Carlin analisa como a fome, a praga, as guerras e outras calamidades afetaram a sociedade, questionando sobre a chance de elas acontecerem novamente. O autor utiliza uma abordagem inteligente, simples e acessível para falar sobre a história da humanidade, conectando o passado e o futuro de maneiras fascinantes. Ao mesmo tempo, suas perguntas geram uma reflexão a respeito de um elemento ainda mais importante, aquele que, desde o colapso da Idade do Bronze até os desafios da era nuclear, tem pairado sobre a sociedade:a sobrevivência humana.
Os Diálogos Makii foram escritos em 1786 por Francisco Alves de Souza, um ex-escravo africano natural da Costa da Mina, no Golfo da Guiné. Um dos diálogos trata da Congregação Makii, irmandade católica fundada por africanos no Rio de Janeiro, onde um conflito sucessório levou à eleição de Souza como seu regente. O segundo diálogo trata da conquista da Costa da Mina por portugueses e holandeses. Documento raríssimo e inédito, os diálogos trazem a público fatos e personagens de uma história que de outra forma estariam fadados ao esquecimento e ao anonimato. A primorosa pesquisa da historiadora Mariza de Carvalho Soares é indispensável para todos os interessados em compreender a história do Brasil, a história da África e a história da diáspora africana nas Américas. ?Mariza de Carvalho Soares localizou um documento fantástico e fez dele excelente análise? (José Murilo de Carvalho, sobre os Diálogos Makii).
O ateísmo é tão antigo quanto as religiões, que durante muito tempo o moldaram e perseguiram. No entanto, se existem estudos profundos e abundantes acerca da história das religiões, impera um vazio historiográfico sobre a descrença. Esta obra, de Georges Minois, é uma contribuição seminal para o preenchimento dessa lacuna, para ele fruto, principalmente, da conotação negativa que se atribuiu ao ateísmo ao longo dos séculos. Tal conotação estampa-se já nos termos usados para designá-lo, constituídos de prefixos privativos ou negativos - a-teísmo, des-crença, a-gnosticismo, in-diferença. E ainda na intolerância da cultura ocidental em relação ao descrente - 'A palavra ateu ainda carrega um vago odor de fogueira', escreve Minois. Monumental, a pesquisa abrange desde os povos primitivos até a cultura ocidental do século 21, mostrando que a história do ateísmo não é linear - não parte de um cenário exclusivamente religioso para chegar a um trunfo absoluto da descrença. Ao contrário, demonstra Minois, ateísmo e fé convivem lado a lado na trajetória humana, contrapondo-se, como duas faces da mesma moeda. Suas feições, porém alternam-se através do percurso.
'A História do Mundo para Quem Tem Pressa' é na verdade um guia sintético, mas abrangente, para tudo o que precisamos saber sobre os acontecimentos mais importantes da história, desde as antigas civilizações até o final da Segunda Guerra Mundial e a criação da ONU. Quer esteja interessado no império de Alexandre, o Grande, ou no florescimento da república cartaginesa e sua destruição por Roma; na ascensão dos califados árabes ou na dinastia Tang, da China; na Guerra Civil Norte-Americana ou na emancipação das mulheres, você encontrará os fatos essenciais neste livro igualmente essencial.
Tratando do período que se estende do ano mil até a Renascença,
a obra traça em linguagem acessível um vívido painel de instituições
e costumes de fundamental importância para a compreensão
do surgimento do homem moderno. Recorrendo a documentos
diversos, como cartas, memórias, obras literárias, contratos e à
cultura material, os autores realizam um verdadeiro trabalho arqueológico
em torno do ainda obscuro domínio da vida privada
ao longo destes cinco séculos na Europa.
Em 2002, Ed Jocelyn e Andrew McEwen partiram para refazer a jornada do Exército Vermelho e registrar as experiências dos últimos participantes e das testemunhas remanescentes da Longa Marcha. Eles encontraram história viva ao longo de todo o percurso, incluindo tibetanos cujos relatos os censores chineses quiseram suprimir e, incrivelmente, a mulher que pode ser a filha de Mao há muito desaparecida.
O século XIX trouxe avanços tecnológicos e industriais em diversas áreas. Uma, porém, ficou para trás - a Medicina. Ao redor do planeta, a mortalidade infantil alcançava taxas altíssimas e a expectativa de vida era baixa. Doenças diversas castigavam a população. Mas o cenário mudou ao longo do século XX. Este livro narra como médicos e cientistas lançavam mão de criatividade, coragem e raciocínio lógico para tornar os progressos possíveis. Experimentos desumanos, antiéticos, acaso e sorte também contribuíram para descobertas inesperadas e revolucionárias. Essa novela, em que a mente humana foi uma das únicas ferramentas disponíveis, é contada pelos médicos Stefan Cunha Ujvari e Tarso Adoni em paralelo aos principais acontecimentos do século XX. Duas histórias inseparáveis, já que fatos históricos precipitaram descobertas médicas, e estas também influenciaram os rumos do século.