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Shakespeare foi, acima de tudo, homem de teatro e, para alcançar seus objetivos no palco, buscou trabalhar com tudo o que lhe sugerisse riqueza no gênero. Nessa busca constante, sua obra tomou vulto e originou peças como Hamlet, Otelo, O Rei Lear, Macbeth, Noite de Reis, Sonho de Uma Noite de Verão, A Tempestade, Trabalhos de Amor Perdidos, para citar apenas umas poucas. Entretanto, desde o início, já se sente em sua criação, mesmo modelada em autores clássicos, como Sêneca e Plauto, a verve do homem de teatro que, acima de tudo, observou o ser humano, amou-o, talvez, de forma única, compreendeu-o, divertiu-se a observá-lo, chorou, quem sabe, por e com ele.
Esse homem de teatro, nem Gênio absoluto, nem mito criado por um país que perdia seu poder de domínio, ou por um indomável capitalismo emergente, foi a maior glória que a dramaturgia produziu, até nossos dias. Sua obra permanece viva, com seus erros e suas grandes inovações formais, sua linguagem florescente, exploratória e inovadora, seus temas ? não raro baseados em obras anteriores a ele, sua ternura e sua ironia em relação ao mundo, esse "palco onde homens e mulheres são apenas atores".