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PREVISÃO DE LANÇAMENTO: 11/07/2025. História do (mau) encontro entre a Igreja Católica e populações indígenas amazônicas. Maria Assunção e Rosa Maria, meninas indígenas educadas numa missão religiosa, são levadas por missionárias para trabalhar na casa de famílias ricas de Manaus, e de lá precisam traçar seus caminhos para a liberdade. ? Como os povos indígenas poderiam imaginar que aquele punhado de homens que aqui desembarcaram, em 1500, seria capaz de acabar com o mundo que conheciam até então? Plantas, animais, rio, terra, serras e gentes, tudo quanto havia neste lugar que viria a se chamar Brasil ou cedeu ante o domínio colonial ou foi exterminado. Era o impensável. Um rio sem fim conta essa história precisamente sob a inédita perspectiva do impensável. A prosa de Verenilde Pereira é robusta, circunspecta e sofisticada. Repleta de dobras poéticas, expressa uma imaginação literária miraculosa. O olhar indígena - projetado nas figuras de Maria Assunção e Maria Rita - que anima o espírito do livro é movido por um profundo desejo de liberdade, redenção e desagravo. Walter Benjamin tem uma passagem famosa na qual pressagia que 'nem os mortos estarão em segurança se o inimigo vencer. E esse inimigo não tem cessado de vencer.' Verenilde Pereira escreve para pôr termo a esse ciclo. 'Quanto mais a água é represada, mais ela explode em violência. Um rio sem fim chegou a mim como lágrimas dos povos originários e negros, contando-me sobre suas vidas com a força, a sinceridade e a coragem de quem não apenas escreve, mas vive em profundidade uma história que também é sua. Verenilde Pereira representa a voz em letra da ancestralidade afro-indígena brasileira. Infinitas sejam as leituras que este livro possa provocar!' - Conceição Evaristo 'Verenilde me guiou pelas trilhas da floresta numa época em que a Amazônia não tinha apelo como um lugar de produção de sentido para o mundo. Ela anteviu isso. Dessa perspectiva, narra a tragédia que ela e seus irmãos e irmãs viviam como uma antecipação do que Davi Kopenawa chama de a queda do céu: uma espécie de fim do mundo que se prenunciava - e todo dia se atualiza - como Um rio sem fim.' - Ailton Krenak