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O Regime Militar foi um período discricionário de 21 anos na história republicana do Brasil. Isto é um fato.
No início, os militares revoltosos queriam só derrubar um governo, o de João Goulart, que assumiu após a renúncia de Jânio Quadros, que avaliavam que caminhava para o comunismo. Isso somente depois que foi aprovado o parlamentarismo, em 2 de setembro de 1961, que assegurou que o vice de Jânio fosse despachar no Palácio do Planalto, em Brasília.
O regime que era somente para fazer o país voltar a seus rumos democráticos - seriam poucos anos, diziam - foi se prolongando no tempo.
Teve, como todo regime autocrático, as intrigas de caserna, com alas se digladiando. Umas querendo a permanência da farda no poder, outras julgando que já era tempo de se livrar dos ônus e bônus de comandar um país.
E, uma das formas de melhor governar, era não ter oposição.
Por isso, governadores dos Estados eram indicados pelos militares.
Nas páginas que você vai ler, está a história do carioca, radicado em Maringá, Haroldo Leon Peres que sem expressão na política - o que hoje se chama fazer parte do baixo clero - alcançou o governo do Estado do Paraná.
Foi o breve. Apenas oito meses e oito dias de governo.
Saiu do Palácio Iguaçu com a pecha de corrupto, num episódio que, ainda hoje, está cheio de versões.
Pois, a Operação Erva-Mate vai mostrar o que realmente aconteceu entre janeiro e dezembro de 1971.
