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Nesta obra o autor recupera o aspecto revelador do homem Jesus, apresentando uma espécie de narração do encontro com ele, personagem que manifesta em sua pessoa e em sua linguagem uma experiência frequentemente dual: ora recomenda ser astuto como as serpentes e em seguida diz que é preciso ser simples como as pombas. Às vezes, é um transgressor da Lei, outras, seu mais perfeito cumpridor, é pouco religioso e, ao mesmo tempo, é o revelador de Deus, em constante atividade e assediado pelas pessoas, vai de um lugar para o outro, porém, eventualmente, é demasiado contemplativo, passando as noites em oração. Todas essas dialéticas podem terminar na clássica definição de Deus dada por Nicolau de Cusa: "a harmonia de contrários". E é precisamente aí que se insinua algo do caráter revelador de Jesus, que não começou anunciando que ele era o Filho de Deus, mas proclamou a proximidade do reinado de Deus, exigiu a fé nesse anúncio e buscou seguidores. Em um mundo tão descristianizado e anticlerical como o de hoje - por ser, também, tão inquieto e insatisfeito - Deus não quer que todos sigam uma única religião, mas que sejam seguidores de Jesus. O texto desta obra conserva todo o conteúdo teológico das reflexões da primeira edição, modificando e atualizando uma série de alusões e aplicações de dados culturais e sociopolíticos da época.