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"CONHECI UM DEUS QUE É PAI - RESENHA
Na obra Conheci um Deus que é Pai, o teólogo e psicólogo Wagner Gonzaga aborda a paternidade sob uma perspectiva que une elementos teóricos e práticos, explorando tanto o papel do pai na estrutura familiar quanto a relação entre a paternidade e a formação do indivíduo na sociedade. O autor , ao longo de sua carreira, observou em sua prática clínica que muitos pais não assumem plenamente suas responsabilidades, o que compromete o desenvolvimento emocional e relacional dos filhos, resultando, muitas vezes, em adultos com dificuldades e limitações significativas em seu desenvolvimento, mesmo aqueles bem-sucedidos academicamente.
O autor destaca que a família idealmente deveria ser o local onde as crianças são nutridas, amadas e preparadas para a vida. Gonzaga compartilha exemplos práticos de sua experiência como psicólogo, demonstrando como a ausência de uma paternidade ativa e amorosa pode gerar problemas emocionais, como insegurança, sentimentos de inadequação e até transtornos mais graves. Ele enfatiza que o papel do pai deve ser um referencial positivo aos seus filhos e indo muito além da provisão material.
No decorrer da obra, Gonzaga reflete sobre a paternidade como uma missão e um privilégio. Ele destaca o impacto negativo que pais ausentes, indiferentes ou críticos podem ter na vida dos filhos, moldando de forma inadequada suas percepções de si mesmos e do mundo. O autor também explora três áreas cruciais para o desenvolvimento saudável da relação entre pais e filhos: a afirmação verbal, a afeição física saudável e o investimento de tempo.
Além de discutir a paternidade humana, Gonzaga aprofunda a reflexão sobre a paternidade com Deus Pai. Ele questiona por que muitas pessoas têm dificuldade em ver Deus como um Pai amoroso, atribuindo isso a sentimentos de abandono, rejeição, desamparo e desamor, frequentemente originados de experiências negativas com seus próprios pais. O autor compartilha suas próprias experiências pessoais, mostrando como a reconexão com Deus como um Pai benevolente pode ser um caminho para a superação de feridas emocionais profundas.
Um ponto de destaque na obra é a comparação que Gonzaga faz entre a paternidade divina e a humana. Ele descreve sete aspectos em que a paternidade de Deus se distingue: afeição paternal, aceitação, autoridade, fidelidade, generosidade, atenção e a intimidade que podemos desenvolver com Deus como Pai. Essas reflexões oferecem uma visão reconfortante de Deus, desafiando os leitores a revisitar e reavaliar suas concepções sobre o divino, incentivando-os a buscar uma relação mais próxima e fundamentada na confiança e no amor incondicional.
Por fim, o autor enfatiza a necessidade do perdão e da libertação de mágoas em relação aos pais como um passo essencial para uma vida emocionalmente saudável. Gonzaga acredita que o processo de cura emocional está intimamente ligado à capacidade de perdoar e de estabelecer uma nova relação com Deus como Pai.
Conheci um Deu