Receba o produto que está esperando ou devolvemos o dinheiro.
"O movimento estruturalista atingiu seu ponto crucial quando Lévi-Strauss decidiu transpor o modelo linguístico criado por Saussure e aperfeiçoado por Jakobson para a etnologia, fundando assim a antropologia estrutural. Essa decisão provocou uma verdadeira revolução teórica e metodológica no seio das ciências humanas, e repercutiu profundamente na filosofia ao desencadear o famoso debate sobre ""a questão do sujeito"" que, por sua vez, animou a intelligentzia francesa nos anos 1960. Será que o estruturalismo, estudando a cultura como ""um conjunto de sistemas simbólicos"" produzidos inconscientemente pelo ""espírito humano"" ou, antes, pela ""natureza humana"", provocou de fato a expulsão do sujeito dos fatos sociais e culturais? Defendemos, neste livro, a tese contrária. Em nosso entender, a filosofia estruturalista que nega a autonomia da consciência, ao considerá-la como uma espécie de reflexo das estruturas, projetou-se indevidamente sobre o método estrutural, o qual, como sustenta o próprio Lévi-Strauss, recorre necessariamente, em suas etapas compreensivas, à ""experiência vivida do sujeito""."